Frelimo em Cabo Delgado

A União Europeia (UE) investe oitenta e nove milhões de euros, o correspondente a mais de seis mil milhões de meticais, em programas de ajuda humanitária, para as famílias vítimas do terrorismo em Cabo Delgado. Segundo escreveu a Rádio Moçambique (RM), na semana finda, o montante é desembolsado no âmbito da Facilidade Europeia para a Paz, à luz da cooperação Moçambique – União Europeia, que visa, por um lado, garantir o desenvolvimento sócio-económico das comunidades. Conforme a RM, Moçambique torna-se, desta feita, o primeiro país da África e o segundo do mundo a beneficiar do apoio logístico da comunidade Europeia, depois da Ucrânia, mergulhada numa tensão político-militar, com a Rússia. Citado pela RM, o embaixador da União Europeia, Antonino Maggiore, garante que a Europa vai continuar a apoiar Moçambique em vários domínios, com destaque para o campo político.

Administradora de Montepuez, Isaura Máquina, reiterou, na semana finda, haver medidas para prevenir e combater a venda de alimentos e outros produtos da ajuda humanitária, por parte dos deslocados.  Falando à Rádio Moçambique (RM), Máquina começou por referir ter conhecimento da situação, que, além de deslocados, conta com o envolvimento de pessoas infiltradas. No entanto, salientou que o Governo do distrito está a trabalhar com outras autoridades para travar a prática.  “Com o comandante, já encetámos várias acções para retirar os produtos e dar, de facto, a quem precisa”, disse a administradora. Diga-se que Montepuez acolhe, neste momento, mais de setenta mil deslocados provenientes das zonas norte e centro, afectadas pelos ataques terroristas.