Frelimo em Cabo Delgado

A luta contra a insurgência ligada ao Estado Islâmico em Moçambique está praticamente vencida, de acordo com o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, citado pela Carta de Mocambique. “Em grande parte, o problema foi resolvido”, disse ele a repórteres em Kigali, capital de Ruanda, na quarta-feira finda. “Talvez 80% do problema tenha sido resolvido.” Tropas ruandesas e soldados de países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral têm lutado contra rebeldes nas zonas centro e norte de Cabo Delgado. Segundo a Carta, o estadista disse que a melhoria da situação tem atraído os investidores de volta a Cabo Delgado. “Ouvi falar até de quem estava a retomar investimentos lá como a Total”, disse Kagame. “Claro que pode haver uma coisa aqui ou outra ali que precisa ser eliminada antes de as obras serem totalmente retomadas, mas acho que isso está sendo possibilitado por tais esforços colaborativos em torno do fornecimento de segurança”, rematou. 

  As Forças Armadas do Ruanda estenderam a ação para a zona sul da província de Cabo Delgado, alargando o apoio a Moçambique no combate ao terrorismo, além da área dos projetos de gás, segundo informação divulgada pelas tropas. O dado foi avançado, ontem (07), pelo jornal Carta de Moçambique, que, citando um comunicado, deu conta que as forças ruandesas “têm em curso uma operação lançada desde 21 de dezembro” no distrito de Ancuabe, a sul. “O ministro da Defesa de Moçambique, major-general Cristóvão Chume, juntamente com o vice-comandante das forças armadas moçambicanas, tenente-general Bertolino Capetine, visitaram as forças do Ruanda no distrito de Ancuabe”, escreveu a Carta. Os dirigentes moçambicanos receberam informação sobre o ponto de situação pelo brigadeiro-general Frank Mutembe, comandante do grupo de combate designado. “Receberam um ‘briefing’ sobre as operações em curso” e o ministro moçambicano “mostrou apreço pelo trabalho que tem sido feito no terreno até agora”, conclui

O Presidente ruandês, Paul Kagame, anunciou quinta-feira em Kigali, o envio de mais militares à província de Cabo Delgado, onde decorrem operações conjuntas com as Forças de Defesa e Segurança para eliminar os terroristas. Ruanda enviou inicialmente 1.000 oficiais militares e policiais para Cabo Delgado. Falando na cerimónia de tomada de posse de ministros recém-nomeados, Kagame disse que o número de tropas ruandesas em Cabo Delgado ultrapassa 2.500 e que outro contingente chegou a Moçambique no início da semana corrente. Segundo Kagame, citado pelo jornal Notícias, a operação inicial foi um sucesso e, por isso, Ruanda e Moçambique acordaram perseguir os terroristas até ao seu último reduto.  “Aumentámos as tropas porque desde a nossa chegada a Moçambique muitos problemas foram resolvidos, em colaboração com os moçambicanos. Nas zonas onde operamos, o problema foi completamente resolvido. Mas porque os terroristas fugiram para outras áreas de Moçambique, não conseguimos chegar a todas

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas e os seus aliados ruandeses, efectuaram, entre segunda e terça-feira, operações de segurança nas áreas de Nica e Pundanhar, no distrito de Palma. De acordo com a "Carta", estas áreas foram, recentemente, ocupadas por terroristas islâmicos “como esconderijos temporários, pois procuravam realizar operações para retomar territórios perdidos durante a ofensiva inicial pelas forças conjuntas conduzidas no ano passado”.  O órgão acrescenta que as tropas da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) “foram também alertadas para apoio no bloqueio da fuga do inimigo para a sua área de responsabilidade”. Segundo a fonte, o comandante da Força-Tarefa Conjunta de Ruanda, Maj-Gen Inocêncio Kabandana, visitou as tropas em Pundanhar. Segundo o jornal, ele “enfatizou a necessidade de manter a vigilância, a disciplina e um alto nível de proteção da força para cumprir com sucesso sua missão com o mínimo de baixas”. Igualmente,

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique mataram cinco insurgentes, em um tiroteio perto da Nova Zambézia, distrito de Macomia, em uma operação conjunta com soldados moçambicanos e da SADC. Segundo o CaboLigado, em uma notícia publicada ontem (09), os insurgentes foram mortos após tentar emboscar a tropa conjunta. Citando o vice-comandante das tropas da SADC, o brigadeiro Dumisani Ndzinge, o Cabo Ligado refere que a operação em Nova Zambézia é resultado da coordenação entre as três tropas. Ndzinge disse que o objectivo do SAMIM é maximizar a coordenação, entre as três forças pró-governo, para que as áreas geográficas de responsabilidade possam ser dispensadas e as operações conjuntas possam se mover pela zona de conflito conforme necessário.

Após o restabelecimento da segurança, o distrito de Palma está a regressar à normalidade, de forma gradual, conforme reportam algumas fontes citadas pelo African News.  Segundo descrevem as fontes, os sinais de terror foram apagados, vários negócios reabriram e a situação de segunda está melhor. O gerente do Hotel Amarula, Timothy Christian Robbins, contou que está no local desde Novembro para decidir se a instalação pode reabrir. No entanto, o hotel tem recebido cuidados de jardinagem, a piscina está com um azul cintilante e quartos recém-reformados, atrativos com os quais a administração da estância espera chamar novos visitantes. Robbins acrescentou que um relançamento seria visto como um voto de confiança, um sinal de que "o Governo e as forças aqui estão dando às pessoas a proteção e a garantia de segurança de que podem voltar e se restabelecer". Por sua vez, Justin Rukara, que lidera as Forças de Defesa e Segurança do Ruanda em Palma, deu conta que a economia local está