Frelimo em Cabo Delgado

   A multinacional TotalEnergies prepara o regresso das operações do seu projecto LNG Moçambique na província de Cabo Delgado, onde reconhece que a situação de segurança melhorou, mas aponta um conjunto de iniciativas visando criar uma estratégia de desenvolvimento consistente e sustentável. Entre as iniciativas consta a criação de uma “Fundação dedicada à implementação de um programa de desenvolvimento sócio-económico que abrangerá todo o território da província de Cabo Delgado, como parte de uma estratégia de desenvolvimento consistente e sustentável e um grupo de trabalho em conjunto com as autoridades moçambicanas para permitir que todas as famílias obtenham, até ao final do Verão de 2023, os documentos legais necessários para receberem os pagamentos que lhes são devidos”. Também propõe a elaboração de um memorando de entendimento entre os consórcios de petrolíferas em Cabo Delgado e o Governo que prevê um bónus para os militares que guardam os projectos, desde que não violem os d

Os residentes das aldeias Miangalewa e Xitaxi, no distrito de Muidumbe, estão desde domingo passado a regressar às suas casas, alegadamente em cumprimento do apelo das Forças da Defesa do Ruanda. Segundo a Carta de Moçambique, o contingente ruandês estabeleceu uma base, próximo às duas comunidades, ao longo da estrada N380, que liga Sunate no distrito de Ancuabe a Oasse em Mocímboa da Praia. De acordo com o órgão, as famílias em causa estão a abandonar os locais de acolhimento na sede do distrito de Muidumbe e no regresso às zonas de origem, são acompanhadas por elementos da Força Local. "A população que já está nas zonas de origem mostra-se satisfeita com o apoio das forças locais e do governo e pretende retomar as suas actividades de rendimento, de comércio informal e agricultura, aproveitando o facto da região ser um corredor que liga a zona norte e centro da província", relata a Carta. Diga-se que Miangalewa tem um enorme potencial agrícola, até porque no passado funciono

  Mais de 360 mil pessoas que tinham abandonado as suas casas devido a ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, já regressaram, voluntariamente, às suas zonas de origem.  De acordo com o jornal Notícias, da última segunda-feira (23), a informação foi avançada pelo secretário de Estado na província de Cabo Delgado, António Supeia, citado pela RM. Segundo Supeia, o regresso das famílias resulta dos esforços das Forças de Defesa e Segurança e das tropas da SADC e do Ruanda que conseguiram restabelecer a segurança nas zonas afectadas pelo terrorismo. O secretário de Estado realçou que perto de dois mil funcionários e agentes de Estado dos distritos afectados pelo terrorismo regressaram aos seus postos de trabalho para garantir os serviços essenciais à população.

O secretário de Estado em Cabo Delgado, António Supeia, garantiu que já decorre o regresso aos postos de trabalho dos funcionários públicos dos distritos do norte da província. Supeia deu a garantia, quarta-feira (30), enquanto discursava na VII Sessão Ordinária da Assembleia Provincial, na qualidade de convidado. De acordo com o SE, citado pela DW, esses funcionários "vão criar as condições básicas nas áreas de saúde, educação, água e saneamento, vias de acesso, energia e comunicações para o retorno organizado e assistido da população às zonas de origem". "Esta acção tem lugar, numa primeira fase, nos distritos de Palma, Quissanga e Mocímboa da Praia e, posteriormente, estarão contemplados os distritos de Macomia, Muidumbe e Nangade", enumerou.

O delegado da Ordem dos Médicos moçambicana, em Cabo Delgado, Mussa Ali, anunciou, na semana finda, o regresso de profissionais de saúde a distritos antes ocupados por terroristas. Ali falava em Pemba, durante a saudação ao governador de Cabo Delgado alusiva ao dia 28 de março, Dia do Médico Moçambicano. "Neste momento, em Palma, há médicos: temos cirurgião, médico de clínica geral e assim é também em Mocímboa da Praia e Macomia. Temos pessoal em prontidão e também temos médicos militares no terreno", referiu o delegado. Segundo a fonte, citada pela DW, o regresso de pessoal de saúde surge na sequência do "aumento da segurança" naqueles distritos. Na ocasião, o governador Valige Tauabo saudou a medida e deixou um alerta: que os jovens médicos não se deixem aliciar pelos grupos insurgentes. "O nosso médico jovem tem esta responsabilidade de servir a população e não servir o terrorismo", referiu numa alusão a promessas com que os rebeldes aliciam populações,