Ministra do Interior quer fim da indisciplina entre a polícia de Cabo Delgado

 


O Ministério do Interior (MINT) vai tomar medidas administrativas e criminais contra agentes da Polícia e funcionários de instituições tuteladas envolvidos em desvios de conduta e ética no sector.

 A garantira é da ministra do pelouro, Arsénia Massingue, que ontem orientou uma parada com agentes das diversas especialidades no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade de Pemba, em Cabo Delgado. 

Segundo o jornal Notícias, Massingue condenou a postura de alguns agentes da Unidade de Intervenção Rápida envolvidos em crimes de vária ordem, do Serviço de Migração (SENAMI) que deixam entrar pessoas ilegalmente no país, e dos Serviços de Identificação Civil envolvidos na emissão fraudulenta de bilhetes de identidade (BI).

Os agentes afectos à Unidade de Protecção de Altas Individualidades (UPAI) são acusados de abandonarem as residências dos dirigentes, os da Polícia de Protecção não fazem patrulha, enquanto os reguladores de trânsito deixam de autuar automobilistas para tratar assuntos pessoais. 

“Estes comportamentos desviantes devem acabar. Nós vamos tomar medidas disciplinares, criminais que podem culminar com a expulsão”, avisou Massingue. 

A dirigente, que está em Cabo Delgado desde quinta-feira passada, visitou os distritos da zona norte da província para aferir o nível de prontidão das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em Mueda, Palma e Mocímboa da Praia. 

A governante ficou satisfeita com o trabalho em curso e recomendou ao reforço das acções para que os cidadãos se sintam bem servidos. 

O Comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, deu informe sobre o envolvimento da corporação no combate aos crimes e acidentes de viação. Revelou que, na semana finda, foram registados, em todo o país, 21 casos criminais, três dos quais de assalto com recurso a armas de fogos, 17 dos quais foram esclarecidos. Vinte pessoas morreram em consequência de acidentes de viação. Sobre os ataques terroristas disse que as FDS estão no encalço do grupo que assassinou pessoas e incendiou casas nas aldeias de Nanduli e Retoni, em Ancuabe. Explicou que para garantir a segurança de pessoas e bens, as FDS vão continuar a adoptar medidas interventivas que poderão afectar o funcionamento das instituições administrativas e a liberdade dos cidadãos.

 Há dias, as FDS decidiram introduzir escolta para as viaturas que circulam no troço Pemba-Metoro, na EN1, depois de informações sobre a movimentação de terroristas em Ntutupue, Silva Macua, aldeia Miguel e outras zonas.


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