SAMIM continua em Cabo Delgado até Agosto

A missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que combate terroristas no país vai continuar em Cabo Delgado, pelo menos até meados de Agosto, período em que decorre a cimeira que vai discutir a renovação do mandato.

Segundo o OPaís, a Troika da SADC e o presidente do órgão de Cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança estiveram reunidos extraordinariamente, de forma virtual, esta quinta-feira.

O órgão regional esteve a discutir o terrorismo em Cabo Delgado, num contexto em que os ataques continuam e o mandato da SAMIM terminaria esta sexta-feira.

“Tendo em conta que a cimeira da SADC se irá reunir na República Democrática do Congo no próximo mês, a Troika da SADC achou que estava na altura de tomar alguma decisão em nome da cimeira (ordinária da SADC), de definirmos uma medida, para que a SAMIM continue a operar dentro do quadro legal da SADC”, disse Lazarus Chakwera, que preside à SADC.

E para que a SAMIM continuasse a operar dentro do quadro legal da SADC, a Troika decidiu estender o tempo das suas actividades em Moçambique para depois de 15 de Julho. A decisão definitiva sobre uma possível renovação de mandato, que tem sido trimestral, será conhecida em meados de Agosto, na cimeira ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC.

“Como única família, tomamos a decisão de prorrogar a nossa missão em Moçambique, para continuarmos a sustentar os ganhos que foram materializados por esta missão até aqui.”

A Troika da SADC entende que a paz e segurança são factores cruciais na integração regional.

Na cimeira extraordinária virtual, participaram, além do Presidente da República, Filipe Nyusi, e do presidente da SADC, Lazarus Chakwera, o secretário-executivo da mesma organização regional, Elias Magosi, e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que dirige o órgão de Cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança.

Estiveram também o presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, a presidente tanzaniana, Samia Suluhu, entre outros responsáveis, incluindo do Governo moçambicano.