"Urge repôr infra-estruturas do Estado em Cabo Delgado" - Brigada do Governo
A brigada do Conselho de Ministros, que recentemente esteve na província de Cabo Delgado para avaliar o grau de execução do plano de reconstrução, pós-ataques terroristas, constatou a necessidade urgente de o Governo e parceiros avançarem na reposição das infra-estruturas para o funcionamento normal das instituições do Estado.
Segundo o jornal Notícias, a ministra do Trabalho e Segurança Social e chefe da equipa ministerial, Margarida Talapa, disse que a brigada observou, com satisfação, o envolvimento do Governo provincial na reinstalação da administração pública nos distritos recuperados pelas autoridades das mãos dos terroristas.
Contudo, Talapa destacou que a presença das estruturas locais deve ser acompanhada do funcionamento pleno das instituições, o que será atractivo para o regresso das comunidades deslocadas, neste momento em diferentes pontos da província e do país.
A brigada, que trabalhou nos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Macomia, Quissanga, Mueda e Nangade, constatou, igualmente, que há necessidade urgente de alocação de meios circulantes, com destaque para ambulâncias.
Para acelerar a reconstrução das infra-estruturas públicas destruídas, a brigada leva como sugestão o envolvimento de cada ministério na solução do problema que cada sector enfrenta.
Aquela brigada congratulou, ainda, os funcionários públicos que têm estado a regressar às zonas recuperadas pelo Governo para ocupar os seus postos de trabalho, facto que, segundo a ministra, vai dinamizar o funcionamento da máquina administrativa do Estado.
“Não podemos pensar que todos os funcionários irão responder, de uma vez, a este chamamento, porque alguns estão traumatizados e outros estão com preconceito mas, paulatinamente, todos poderão seguir o exemplo. O regresso das populações deve ser acompanhado da criação de condições nos locais de chegada dos que, neste momento, se encontram nos seus postos de actividade”, afirmou Talapa.
A governante considera que não se pode falar do regresso das populações às suas zonas de origem sem antes reinstalar a administração pública, porque “os cidadãos devem encontrar unidades sanitárias em funcionamento e escolas abertas para seus filhos estudarem, por isso exigimos a presença das estruturas locais a todos os níveis, desde a localidade, posto administrativo e distrito”.
Num outro desenvolvimento, apelou à necessidade de a população reforçar a vigilância nos locais de residência, para evitar casos de falsos deslocados ou regressados.
“Devemos saber quem é quem que está a entrar ou a sair, de onde vem, com quem vive e onde vive. Por isso, é muito importante a permanência das estruturas locais, incluindo dos líderes comunitários, porque o processo do regresso paulatino das populações deve acontecer sob forte controlo das autoridades”, recomendou a ministra.
Diga-se que os membros da brigada do Conselho de Ministros escalaram igualmente os distritos de Pemba, Metuge e Ancuabe, onde dialogaram com os deslocados internos que se encontram acolhidos naqueles pontos.
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