PRM pede mais meios para combater terrorismo em Cabo Delgado

 


A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Cabo Delgado, alertou, anteontem (17), a falta de meios operativos para combater o crime na província, assolada desde há três anos e meio por ataques terroristas.

“A corporação funcionou com um “rácio” de um polícia para 724 habitantes, em diversas actividades, sem meios operativos como viaturas, rádios de comunicação entre outros”, disse o comandante da PRM em Cabo Delgado, Vicente Dino Chicote, ao retratar a actividade do último ano.

A exposição foi feita ao governador de Cabo Delgado no âmbito das celebrações do 46.º aniversário daquela corporação.

“No dia-a-dia enfrentamos dificuldades de ordem financeira, material, falta de instalações para o funcionamento das subunidades” e “degradação acentuada das existentes, incluindo o comando provincial da PRM”, referiu.

Dino Chicote realçou que as dificuldades acontecem numa altura em que a província enfrenta inúmeros desafios aliados a “incursões de terroristas que protagonizam assassinatos bárbaros a aldeões indefesos, emboscadas, e ataques a posições das Forças de Defesa e Segurança (FDS), destruindo infraestruturas públicas e privadas” e realizam “saques de bens”, o que “impede o curso normal da economia e da vida das comunidades”. 


O comandante provincial repetiu aquele que tem sido um apelo constante das autoridades à população, para que mantenha “a vigilância e denuncie os terroristas que actuam no norte e centro da província” de Cabo Delgado.


Na saudação à PRM, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo condenou a acção “movida por homens desprovidos de qualquer senso e sem lei, habitantes das matas que agem de forma sorrateira e desumana, perpetrando crimes macabros com crueldade. Para nós a sua acção é inaceitável, agravada pelo facto de não apresentarem rosto”.

“Têm usado como pretexto motivos religiosos para instrumentalizar jovens incautos a se revoltarem contra a ordem instituída sem qualquer razão lógica”, acrescentou Tauabo, exortando a PRM a encontrar o mais rápido possível os mandantes e os envolvidos nos crimes de "assassinato bárbaro da população indefesa, destruição de infraestrutura públicas e privadas e de posições” das FDS, “retardando a economia local e nacional”. 


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