Governo da Frelimo apostou na mecanização agrícola Chiúre.
O Distrito de
Chiúre, zona sul de Cabo Delgado, quer destacar-se na produção agrícola,
sobretudo de cereais nesta safra, em cumprimento da orientação do Chefe do
Estado, Filipe Jacinto Nyusi, de massificação da produção e produtividade.
Para o efeito,
estão a ser lavrados cerca de 100 mil hectares, dos quais 300 com uso de
máquinas agrícolas.
De acordo com João
da Silva Nqueca, administrador distrital, Chiúre tem-se destacado na produção
agrícola, mas o que produz não chega para garantir a segurança alimentar da sua
população para depois vender a outras regiões da província, do país e não só.
Nqueca precisou que
é olhando para estes desafios que na presente campanha agrícola se pretende
incrementar a produção de alimentos e produtos de rendimento. Afirmou que na
esteira das orientações presidenciais, o Governo distrital decidiu inverter a
situação a partir deste ano, aumentando as áreas de cultivo com ajuda de
tractores, que já estão a operar.
“Elegemos a cultura
de milho como prioritária no nosso distrito. Para o efeito, estamos a lavrar
cerca de 100 mil hectares e, desta área, 300 hectares abrimos num único bloco
no posto administrativo de Katapua, que irão ser distribuídos aos camponeses.
Afectámos seis extensionistas para ajudar os camponeses”, afirmou Nqueca.
O nosso
interlocutor defendeu que os 300 hectares abertos num único bloco vão servir de
campos de demonstração. “Portanto, os extensionistas terão tempo de ir
trabalhar com camponeses de outras áreas mas, para o caso dos 300 hectares,
eles deverão trabalhar de forma permanente, queremos ver resultados que iremos
obter”, segundo explicou.
Paralelamente a
esta iniciativa, o administrador distrital de Chiúre indicou que o Governo
distrital está a sensibilizar a população para abrir machambas ao longo das
grandes estradas que ligam o distrito com os outros e dos postos
administrativos, uma ideia que vai sendo acatada pelos camponeses.
“Se reparar, verá
que ao longo da estrada principal há muitas novas machambas abertas. Isso irá
facilitar o escoamento dos produtos depois das colheitas. Para além disso,
iremos evitar casos de meninos que abandonam as escolas para as machambas
devido às distâncias das zonas residenciais”, defendeu Nqueca.
Nqueca sustentou
ainda que a ideia de abrir machambas em bloco numa área vai permitir que os
camponeses se juntem em associações para produzir o suficiente e poderem
colocar seus produtos aos potenciais compradores de forma organizada, “o que
poderá fazer com que de pequenos produtores passem a ser grandes”.
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