ADIN vai apresentar ao Governo estratégia de desenvolvimento e resiliência
A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), assumiu a responsabilidade e encomendou um estudo que resultou na elaboração da Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte que deverá orientar a actuação do Executivo para o restabelecimento da paz e desenvolvimento da província de Cabo Delgado.
O Comité de Supervisão da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, esteve reunido, em Pemba, numa sessão extraordinária para a validação da Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte, documento que deverá orientar a actuação de emergência para o restabelecimento da paz e desenvolvimento da província de Cabo Delgado,
“Qualquer actividade que se proponha é preciso ver se ajuda a construir a paz, a reconciliação e se ajuda a identificar as causas subjacentes do conflito. Ela [a estratégia] é assente em notas sectoriais, que são estudos feitos de várias áreas de actividade do país, desde turismo, terras, deslocados, agricultura, pesca, indústria extractiva. Foram desenvolvidas 22 notas sectoriais, que é a avaliação dos sectores antes dos sectores antes do conflito e pós-conflito. Se nós identificarmos essas notas sectoriais vamos verificar que o país precisa de muita coisa. Era preciso muito mais coisas do que aquelas que eram propostas”, explica Abdul Carimo, jurista e consultor que faz parte da equipa que elaborou a Estratégia em alusão.
“Há três pilares fundamentais: a construção da paz; a construção do contrato social entre o Estado e a população e a recuperação económica. Muita gente pensa que esta estratégia é uma estratégia de desenvolvimento, não é. Esta é uma estratégia de recuperação sócio-económica para que o desenvolvimento ocorra. Portanto, por causa do conflito; por causa das dívidas ilícitas; por causa do covid-19; por causa do Kenneth abriu-se um buraco muito grande aqui a nível da província de Cabo Delgado e nas províncias do norte, aliada a toda assimetria que vinha acontecendo há bastante tempo. Então, é preciso criar as condições básicas mínimas para que o desenvolvimento aconteça”, justificou.
Conforme a Rádio Moçambique (RM), o Conselho de Ministros poderá aprovar, até Novembro próximo, o Plano de Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte.
“Esta estratégia é um instrumento de trabalho. Nós precisamos de trabalhar vários aspectos que afectam a sociedade, sobretudo c’a no norte, referimo-nos a questões de paz, que é um elemento fundamental para que tudo que possamos pensar em termos de desenvolvimento da região. Sabem da interrupção de algumas operações que estavam a acontecer em Cabo Delgado, concretamente a Total, por conta do terrorismo, então, precisamos de encontrar uma maneira de através desta estratégia encontrarmos uma forma de trazer a sociedade para junto de si mesma, consolidar as relações entre as pessoas para que estejam preparadas para o combate a esses conflitos que assistimos hoje e além disso, precisamos de encontrar formas de financiamento de estratégias de desenvolvimento”, sublinha Armindo Ngunga, Presidente do Conselho de Administração da ADIN.
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