Banco de socorros vai expandir sua capacidade de resposta
Com cento e catorze anos de existência, o Serviço de
Urgências de Adultos (SUR) do Hospital Central de Maputo (HCM), funcionará nos
próximos 18 meses em instalações provisórias, para dar lugar a obras de reabilitação
e requalificação total.
A informação foi avançada na manhã de hoje, (29/1), por
Mouzinho Saíde, Director Geral em conversa exclusiva, com o Departamento de
Comunicação e Imagem daquela unidade hospitalar.
Segundo Saíde, ao longo destas 11 décadas de existência,
o hospital foi assumindo outras abordagens e ganhando novas valências sem, no
entanto, serem acompanhadas por intervenções de manutenção ou reabilitação
estrutural significativas, razão pela qual, foi definido como prioridade
imediata, a revisão total do sistema eléctrico e a reabilitação e
requalificação dos serviços de urgências de adultos para garantir um melhor
atendimento aos pacientes.
Por conta disso e após aprovação do projecto executivo,
iniciaram trabalhos de reabilitação e requalificação do SUR cuja empreitada que
terá a duração de dezoito meses, está avaliada em 185 milhões de meticais,
provenientes do Orçamento do Estado.
O processo de reabilitação que teve início em 2019, já
permitiu a demolição total do edifico onde funcionava a quinta esquadra da
polícia, que também é parte integrante do projecto, encontrando-se esta a
funcionar temporariamente em instalações provisórias.
Segundo deu a conhecer o dirigente, enquanto decorre a
empreitada, o Banco de Socorros funcionará temporariamente ao lado do edifício
onde actualmente funciona o serviço de hemodiálise.
O novo figurino prevê o aumento dos balcões médicos, sala
de observação e serviços de pequena cirurgia, esterilização, cuidados
intensivos, bloco operatório, ampliação do espaço para atendimento aos doentes
ambulatórios, criação de espaços distintos para doentes do fórum cirúrgico e
medico, reabilitação do laboratório, bloco operatório, sanitários e sala para
acompanhantes, só para mencionar algumas benfeitorias.
Com estas intervenções, espera-se duplicar a actual
capacidade de camas existentes que se situam em 8 na cirurgia e igual número na
medicina o que vai aumentar a capacidade de resposta face a demanda.
Para reduzir o risco de contaminação, o fluxo de doentes
será melhorado o que vai permitir com que, aqueles com doenças contagiosas,
tenham espaços de circulação específicos onde o publico não tenha acesso.
Outro dado importante que o novo figurino trás é a
existência de salas de ressuscitação que actualmente não existem e a criação de
condições que permitam a fácil visualização das ambulâncias que chegam a partir
do exterior do edifício.
É indubitavelmente inquestionável que a capacidade de
atendimento nos serviços de urgência de adultos por sinal uma das principais
portas de entrada no HCM vai reduzir consideravelmente durante este período
transitório trazendo consigo enchentes e lentidão no atendimento devido a
limitação do espaço.
Para reduzir o impacto, o Director Geral do HCM pede a
compreensão e colaboração do publico para optarem por outras unidades
sanitárias, como forma de descongestionar o HCM e melhorar o atendimento.
Aliás, Mouzinho Saíde fez questão de lembrar sobre os
critérios de atendimento no HCM pois, e segundo explicou, só devem ser
admitidos doentes referidos por outras unidades sanitárias, facto que nunca foi
respeitado pelos utentes. Só para se ter uma ideia clara, o dirigente explicou
que mais de 80% dos doentes atendidos nesta unidade hospitalar não reúnem
critérios e caso esta condição não seja respeitada nos próximos meses, a
instituição viverá momentos difíceis e de verdadeiro caos.
Recorde-se que actualmente, o Serviço de urgências recebe
em média e em períodos normais, 500 pacientes por dia, número que chega a
triplicar nos momentos de pico, sendo o local com maior rotatividade no HCM.
Fonte: HCM
“ COM A FRELIMO E NYUSI UNIDOS, MOÇAMBIQUE AVANÇA”
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