Escritores moçambicanos na expectativa do Prémio BCI de Literatura
Entra em derradeira fase a
avaliação das obras literárias candidatas ao mais disputado prémio de
literatura moçambicana, o Prémio BCI de Literatura.
O prémio tem como finalidade
estimular e dinamizar a produção de obras literárias de autores moçambicanos em
língua portuguesa, nos domínios da prosa, poesia e ensaio, assim como promover
e valorizar a literatura moçambicana em geral.
O prémio é atribuído anualmente
ao melhor livro e, para a presente edição, espera-se uma adesão de mais de 15
editoras, entre nacionais e estrangeiras que no decurso de 2019 publicaram
obras de autores moçambicanos, nas vertentes de prosa, poesia e ensaio.
Desde a primeira edição do
prémio, foram premiadas obras de autores como João Paulo Borges Coelho (O Olho
de Hertzog; 2010), Adelino Timóteo (Dos Frutos do Amor e Desamores Até à
Partida; 2011), Eduardo White (O Libreto da Miséria; 2012), Ungulani Ba Ka
Khosa (Entre as Memórias Silenciadas; 2013), Francisco Noa (Perto do Fragmento
a Totalidade; 2014), Mbate Pedro (Debaixo do silêncio que arde; 2015), Suleiman
Cassamo (Carta da Mbonga; 2016), João Paulo Borges Coelho (Ponta Gea; 2017),
Armando Artur (A Reinvenção de ser e a dor da pedra; 2018) e Álvaro Taruma
(Matéria para um grito; 2018).
De acordo com Carlos
Paradona Rufino Roque, Secretário-Geral da AEMO, a edição 2019 do Prémio BCI de
Literatura encerra dez anos de edição do galardão, instituído em 2010 ao que se
agenda a realização de uma gala da literatura moçambicana.
“Para a AEMO, este marco
constitui um momento de celebração, pois revela a vitalidade da literatura
moçambicana, e a AEMO congratula-se por ocupar um lugar de proa na relegação de
novos autores e divulgação de um variado leque de escritores consagrados a
nível internacional.” – disse.
Para o secretário-Geral da
AEMO, este facto é consubstanciado pelo crescente número de escritores
moçambicanos, das diferentes gerações literárias, publicados nas nossas
editoras, com destaque para a Alcance Editores, Cavalo do Mar, Escola
portuguesa de Moçambique, Texto Editores, Fundação Leite Couto, entre outras, e
estrangeiras como a Editoras das Letras, de Angola, Kapulana do Brasil,
Imprensa Nacional Casa da Moeda, de Portugal, Tagus Press, dos Estados Unidos
da América, esta última através da publicação do célebre Ualalapi, de Ungulani
Ba Ka Khosa.
Por seu turno, Jorge de
Oliveira, Presidente do Júri, assegura que, este Prémio “é uma forma inequívoca
de mostrar a vitalidade da literatura moçambicana e o seu contributo para o
desenvolvimento do nosso país”.
Para Jorge de Oliveira, esse
equilíbrio se deu em grande parte pela qualidade das obras apresentadas ao
concurso no ano anterior, o que revela diversidade e maturidade estética da
literatura moçambicana. “Outra razão, é a descoberta desta rica literatura,
cheia de ineditismos e surpresas, o que revela a importância de dotar mis
capacidade financeira ao prémio, um dado que merece atenção” destaca Jorge de
Oliveira,
A sessão, será presidida
pelo secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, Carlos
Paradona Rufino Roque, e pelo Coordenador da Comissão Executiva do BCI, José
Furtado.
O júri, Presidido por Jorge
de Oliveira, integra ainda o académico Aurélio Cuna e o escritor Ungulani Ba Ka
Khosa, que dará a conhecer o vencedor da edição 2019 na última semana do mês de
Fevereiro.
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