Banco Mundial alerta para queda de investimento nas zonas rurais de Moçambique
Numa altura em que mais de 60 por cento da população moçambicana vive em zonas rurais, o Banco Mundial chama atenção para a redução crescente do investimento nessas regiões.
Em comunicado sobre a Actualidade Económica de Moçambique, a instituição financeira internacional refere que o Governo moçambicano deve investir em infra-estruturas básicas se quiser aumentar a igualdade de oportunidades e tornar o crescimento mais inclusivo.
“O relatório constata que, no geral, a diferença tem crescido entre as áreas rurais e urbanas, especialmente nas partes rurais das províncias centrais e do norte de Moçambique - as mais pobres”, lê-se no comunicado de imprensa a que “O País” tem acesso.
O relatório recomenda “metas específicas para alcançar áreas carentes no Plano Quinquenal do Governo e no Plano Económico e Social, adotando uma abordagem prospetiva para atingir áreas com populações crescentes e continuando a reduzir ineficiências na alocação”.
Para que os investimentos bilionários esperados na indústria do gás natural resultem em benefícios reais para a população, o Banco Mundial recomenda também a actualização das fórmulas de distribuição do orçamento para cobrir o défice de investimento nas zonas rurais.
O fortalecimento da mobilização das receitas municipais utilizadas para financiar o investimento urbano é outra alternativa que o Banco Mundial aponta como saída para libertar esses recursos financeiros para as áreas rurais.
Porém, o Banco Mundial entende que desde 2016, os cortes no orçamento de investimentos ajudaram a melhorar a composição dos investimentos, à medida que as alocações para gastos administrativos diminuíam.
De acordo com a Atualidade Económica de Moçambique do Banco Mundial, o crescimento deverá cair para 2,3 em 2019, depois de ter atingindo 3,3% em 2018, devido à queda da produção do carvão e o impacto dos ciclones na produção, principalmente agrícola.
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