PGR promete investigar atrocidades contra deslocados em Cabo Delgado
Num encontro com integrantes e organizações da sociedade civil em Pemba, anteontem (25), a procuradora-geral adjunta, Glória da Conceição Adamo, prometeu investigar as denúncias de maus-tratos contra as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado.
Entre as irregularidades apresentadas pela sociedade civil ao Ministério Público constam o alegado desvio de ajuda humanitária, corrupção para a obtenção de donativos e para o tratamento de documentos de identificação dos deslocados, vítimas do extremismo violento.
Na ocasião, a procuradora-geral adjunta, citada pela DW, manifestou-se preocupada com as queixas, tendo defendido a necessidade de auditoria às organizações que trabalham na distribuição de ajuda humanitária e prometeu investigar e responsabilizar os envolvidos no desvio de donativos.
"Eu fico muito preocupada com a questão da venda dos cheques e estive a trocar mensagens com o procurador-chefe para que encontremos uma solução, porque isto é matéria criminal", disse Glória da Conceição Adamo.
Em reação às denúncias de abusos, supostamente cometidos pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) contra os deslocados, a representante do Ministério Público pediu que haja celeridade no seu encaminhamento à Procuradoria quando ainda é possível a obtenção das provas do crime.
"Por causa do tempo, os vestígios apagam-se, as provas apagam-se, as pessoas desaparecem. Estamos a falar das Forças de Defesa e Segurança e são pessoas de muita mobilidade", lembrou.
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