Aina Anza convida Comunicação social a falar sobre os males do terrorismo

Imagem ilustrativa*

A administradora do distrito de Mueda, Aina Nunes Anza, convida os órgãos de comunicação social a desempenharem um papel activo na educação e consciencialização das comunidades sobre os males causados pelos terroristas.

Falando recentemente ao “Notícias”, a administradora realçou a importância da vigilância popular na luta contra o terrorismo e outras ameaças à integridade territorial, uma acção que só terá melhores resultados com o envolvimento da Comunicação Social.

“Normalmente, quando se trata de crimes hediondos é preciso que todos nós tenhamos a consciência de que este é um mal que tem como objectivo travar o desenvolvimento e destruir o país”, considerou a administradora, acrescentando que, de Cabo Delgado, os terroristas podem escalar outros pontos se não forem travados.

Tomou como exemplo o facto de a acção terrorista ter atingido o distrito de Mecula, no Niassa, realçando que cada membro da sociedade deve assumir o seu papel para evitar que as destruições continuem.

Aina Anza manifestou satisfação pela colaboração prestada pela população de Mueda na luta contra o terrorismo, tomando como exemplo a contribuição da Força Local.

Trata-se de uma força constituída por antigos combatentes da luta de libertação nacional que, apesar da idade, estão a participar no Teatro Operacional Norte e a vigilância popular está activa. 

“Olhando para a localização do distrito, pode ser que uma e outra pessoa se tenham deslocado, tendo em conta que Mueda faz fronteira com Muedumbe, Mocímboa da Praia, Nangade e Mecula, este último no Niassa”, disse, assegurando que a população está sensibilizada a não deixar entrar o inimigo e tem estado a dar ajuda aos afectados pelo terrorismo que buscam abrigo no distrito.

Anza informou, ainda, que antes do terrorismo, o distrito de Mueda contava com 217.641 habitantes, mas neste momento alberga mais de 140 mil deslocados que estão em centros de acolhimento nos postos administrativos de Negomano, Ngapa e Imbuho, o que exige assistência.