"Moçambique vai reforçar investimento em energias limpas" - Filipe Nyusi

 


Moçambique trabalha na aprovação da legislação que abre espaço para mais investimentos no sector de energias limpas, como forma de aumentar a disponibilidade deste recurso a preços comportáveis para os consumidores.

Este pronunciamento foi feito, anteontem (02) pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante a inauguração da central fotovoltaica, de 2800 KW, do posto administrativo de Ngapa, no distrito de Mueda.

É neste quadro que o país tem estado a eliminar progressivamente os sistemas a diesel, em alinhamento com a agenda mundial de protecção do meio ambiente.

“Queremos que Moçambique seja um actor relevante na fase de transição energética, sendo por isso que trabalhamos para a aprovação da legislação que abre espaço para mais investimentos no sector, aumentando a disponibilidade e baixando o preço em prol dos consumidores finais”, disse o PR, citado pelo jornal "Notícias".

Afirmou que o projecto hidroeléctrico de Mpanda Nkuwa, de 1500 Megawatts, a registar progressos notáveis, visa à materialização deste desiderato, pois contribuirá, a médio prazo, para a geração de energias limpas.

Com a inauguração do sistema de Ngapa, já foram electrificadas sete das 41 sedes de postos administrativos previstas para o quinquénio (2020-2024) com energias limpas, estando em curso mais cinco.

Salientou que este ano serão electrificadas mais 13 sedes, dependendo da capacidade de angariação ou de mobilização de recursos, incluindo com envolvimento do sector privado.

Segundo o Chefe do Estado, dos 600 Megawatts de energia que o Executivo se comprometeu a gerar no presente ciclo de governação, 200, ou seja, 25 por cento, serão à base de fontes novas e renováveis. No global, o país tem 33 por cento de energia gerada com fontes não poluentes, o que demonstra a importância estratégica destas no desenvolvimento sustentável e impacto sobre o ambiente.

Nyusi quer que a chegada de energia a Ngapa resulte na melhoria das condições de vida dos beneficiários através de projectos de geração de renda, uma das formas de inclusão no âmbito da equidade e combate às assimetrias sociais.

Por isso, segundo afirmou o PR, “a energia deve ser usada para pequenos negócios, alimentar moageiras, serralharias e servir para a captação de água para o consumo e irrigação dos campos agrícolas, aumentando assim a produção e a produtividade”.

Para ele, a energia deve produzir frangos, ovos, irrigar campos agrícolas para alimentar milhares de trabalhadores que participam nos diversos projectos económicos nesta região da província de Cabo Delgado.


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