Cabo Delgado abangida pelo projecto de energia contra pobreza.
O Banco Mundial aprovou no dia 28 de março de 2019 uma doação
financeira no valor de 82 milhões USD para aumentar o acesso à eletricidade em
cinco das províncias mais pobres de Moçambique, nomeadamente Niassa, Nampula,
Zambézia, Cabo Delgado e Sofala. O projeto beneficiará igualmente do
financiamento providenciado por um mecanismo multi-doador de fundos fiduciários
[Multi-Donor Trust Fund (MDTF)], administrado pelo Banco Mundial, no valor de
66 milhões USD. Os financiadores do MDTF são a Suècia, Noruega e EU. Com
potencial para beneficiar cerca de 1,5 milhões de pessoas, este financiamento
será utilizado na implementação do projecto Energia para Todos do Governo de
Moçambique (GdM), também conhecido como ProEnergia
“A relação
entre pobreza e a falta de acesso à eletricidade está estabelecida há bastante
tempo,” observou Mark Lundell, diretor do Banco Mundial
para Moçambique. “Este projecto faz
parte da nossa abordagem multifacetada à redução da pobreza através da expansão
do acesso à energia em Moçambique.” De facto, cerca de 70 por cento
dos moçambicanos não têm acesso à electricidade, o que é inferior à média da
África Subsaariana. Este projecto contribui para a implementação da Estratégia
Nacional de Electrificação (NES) do GdM, conhecida de “Programa Nacional de
Energia para Todos”, alargando o acesso à electricidade às áreas peri-urbanas e
rurais e expandindo e densificando as redes existentes, bem como promovendo a
utilização de soluções energéticas fora da rede nas áreas em que a extensão da
rede é considerada economicamente inviável.
"Vamos
procurar aproveitar as economias de escala na infraestrutura da rede
existente," observou Zayra Romo, líder da equipe do projeto
pelo Banco Mundial. Embora a rede existente alcance todos os 154 distritos do
país, um número significativo de domicílios e empresas ainda não está conectado
à rede. Este projeto utilizará a infraestrutura existente para construir redes
de distribuição adicionais, conectando novos utentes; o projeto irá igualmente
lançar de forma piloto um novo modelo de negócios para promover o
desenvolvimento de soluções de energia fora da rede. "Estima-se
que 272 mil novos clientes receberão serviços de eletricidade como resultado
deste projeto, representando cerca de 1,45 milhão de pessoas, das quais 74% estão
em áreas rurais," acrescentou.
Esta operação faz parte de um esforço coordenado pela comunidade
de doadores para implementar o NES e está em total alinhamento com a estratégia
atual do Banco Mundial para o período 2017-21 para Moçambique, conhecida como
Quadro de Parcerias com o País, ou simplesmente CPF, na sua sigla em Inglês. O
projeto apoia a implementação das principais prioridades da estratégia, tais
como a Promoção do Crescimento Diversificado e Maior Produtividade; e o
Investimento em Capital Humano; ambos dependem do acesso à energia para a sua
materialização. O projeto contribuirá ainda para as questões transversais da
estratégia, como o gênero e as mudanças climáticas. Por exemplo, ao apoiar o
acesso a mini-redes de energias renováveis e de baixas emissões, o projeto
contribuirá para reduzir a exposição de mulheres e crianças à poluição do ar em
ambientes fechados, entre outros benefícios.
A Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) do Banco
Mundial criada em 1960 ajuda os países mais pobres do mundo fornecendo
subsídios e empréstimos com baixas ou sem taxas de juros para projetos e
programas que impulsionam o crescimento econômico, reduzem a pobreza e melhoram
a vida das pessoas pobres. A IDA é uma das maiores fontes de assistência para
os 75 países mais pobres do mundo, 39 dos quais estão em África. Recursos da
IDA trazem mudanças positivas para 1,5 bilhão de pessoas que vivem nos países
da IDA. Desde 1960, a IDA tem apoiado o trabalho de desenvolvimento em 113
países. Os compromissos anuais atingiram em média $ 18 bilhões USD nos últimos
três anos, com cerca de 54% indo para a África.
“COM A FRELIMO E
NYUSI UNIDOS, MOÇAMBIQUE AVANÇA”
Fonte: IDA
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