Chiúre produz açúcar orgânico



A cooperativa dos produtores da localidade de Ocua, distrito de Chiúre, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, está a ser potenciada na produção de cana, numa parceria com a empresa EcoEnergia Moçambique, que está a implementar o projecto denominado Ouro Verde, focado no processamento desta cultura para o fabrico de açúcar orgânico.
Actualmente, 80 por cento desta produção é direccionada preferencialmente ao mercado europeu.
Segundo o "Notícias", diferentemente do que sucede em muitas açucareiras no país e pelo mundo fora, o açúcar produzido no Ouro Verde não é refinado, daí que é mais nutritivo e saudável. A produção da cana é orgânica, ou seja, não são usados produtos químicos.
Para a prossecução deste propósito, o projecto Ouro Verde, que assiste a cooperativa dos produtores de cana-de-açúcar em Ocua, solicitou uma subvenção ao Fundo Catalítico de Inovação e Demonstração (FCID), num montante de pouco mais de 91 milhões de meticais (1.470.133,18 dólares norte-americanos), que serviu para adquirir diversas variedades desta cultura certificadas pelo Instituto de Pesquisa de Açúcar na África do Sul.
Segundo o gestor do projecto, Norman Neave, foram adquiridas e semeadas cinco variedades numa área de 34 hectares, cujos resultados de produção são fornecidos aos membros da Cooperativa de Produção de Cana (CoopCana), que também beneficia de aprendizagem sobre o maneio da cultura, para além do processo de negócio e seu produto final.
O presidente da Assembleia-Geral (AG) da CoopCana de Ocua, Manuel Patrício, que actualmente conta com 109 produtores, diz que a cana por eles produzida já tem mercado garantido, através do estabelecimento de um memorando com o Ouro Verde, que instalou uma unidade para o processamento da cultura.
As plantas ainda estão numa fase embrionária, mas o presidente da AG da CoopCana afirma que, mesmo assim, os membros desta cooperativa estão optimistas quanto aos resultados que esta iniciativa vai prover aos produtores, tendo em conta que se trata de uma cultura, cujos rendimentos superam os de milho e mandioca, que eram produzidos pelo grupo de camponeses desta região da província de Cabo Delgado.
Com o desenvolvimento da cooperativa em referência, espera-se que, para além da transmissão de novas tecnologias para a produção desta variedade de cana-de açúcar, os produtores beneficiam de insumos, aprendizagem em gestão de colheita para assegurar a qualidade e sustentabilidade da produção e do transporte e venda do seu produto.
Fonte: AIM

“COM A FRELIMO E NUSI UNIDOS, MOÇAMBIQUE AVANÇA”

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