Lançado Plano Nacional de Tripla Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatite-B em Moçambique, 2020-2024


A iniciativa governamental, liderada pelo Ministério da Saúde (MISAU), lançada, Sexta-feira (20), no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, tem como visão “ Um Moçambique livre da transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B ”, até 2024.

De acordo com o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, o plano é apresentado numa altura em que o país concorre para alcançar os propósitos previstos no Nível Bronze da Organização Mundial da Saúde (OMS) relativamente à eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis, que tem como metas, atingir as coberturas de consulta Pré-natal, testagem de HIV e Sífilis na mulher grávida, de Tratamento Anti-retroviral na mulher grávida, de tratamento da Sífilis na mulher grávida, maiores ou iguais a 90%.

Com este Plano, Moçambique prevê, até 2024, reduzir a taxa de transmissão Vertical do HIV para menos de 5%; reduzir a incidência de novas infecções pediátricas pelo HIV devido à Transmissão Vertical para menos de 750 casos por 100.000 nascimentos vivos; reduzir a incidência da Sífilis Congénita para menos de 750 casos por 100.000 nascimentos vivos; e reduzir a prevalência do Antígeno de Superfície de Hepatite-B em crianças de 5 anos para menos de 0,5%.

Armindo Tiago frisou que para a garantir o alcance das metas e dos objectivos estabelecidos neste plano, " será indispensável a confluência de sinergias através de programas de prevenção, envolvimento comunitário, logística de bens e produtos, provisão de serviços, vigilância e monitoria e avaliação com envolvimento do governo e dos nossos parceiros de cooperação ".

Por seu turno, Isaura Nyusi, patrona da iniciativa, disse, na sua intervenção que apesar de em 2019, 82% das mulheres grávidas terem sido testadas para Sífilis na Consulta Pré-Natal e três em cada 10 mulheres grávidas haverem acusado positivo para a doença, nem todas as mulheres diagnosticadas com Sífilis tiveram a oportunidade de serem tratadas na Consulta Pré-Natal e 85% realizaram tratamento completo.

Relativamente às Hepatites, Isaura Nyusi mostrou preocupação com o facto de Moçambique ter uma alta prevalência de Hepatites Virais B e C e uma limitada capacidade de diagnóstico e tratamento, tendo apontado dados de 2018, que estimam uma prevalência para Vírus da Hepatite-B que varia entre 5 a 8%.

A esposa do Presidente da República felicitou, ainda, a todos que se encontram directa ou indirectamente envolvidos na oferta do tratamento Anti-retroviral as mulheres grávidas.

"Temos notado com agrado, que há progressos no que concerne a oferta do tratamento anti-retroviral para toda a vida.  Em 2019, 96.5% do total de mulheres grávidas seropositivas que fizeram a consulta pré-natal receberam Tratamento Anti-retroviral. Isto demonstra o esforço e o empenho de todos na busca de dar mais e melhor saúde as nossas mães", frisou.

Ainda sobre a componente de HIV/SIDA, manifestou satisfação pelo facto de a implementação da Estratégia Nacional de Mães Mentoras e de “Grupo de Mães para Mães”, lançada em 2018, que preconiza um acompanhamento contínuo das mulheres grávidas e lactantes, ter ajudado nos cuidados e tratamento, sobretudo a adesão ao Tratamento Anti-Retroviral, retenção e seguimento da criança exposta.

O evento de lançamento do Plano Nacional de Tripla Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatite-B em Moçambique, 2020-2024, foi testemunhado por outros quadros a diversos níveis do MISAU, do Governo provincial, parceiros de cooperação e sociedade civil.

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