Chissano defende acções globais para erradicar violência contra a criança


O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, defende a criação de um movimento global para acabar com a violência contra a criança.
A sugestão foi avançada hoje, no final de um encontro que manteve com Najat Maala, representante especial do Secretário-geral da ONU sobre a violência, onde a situação da criança foi o assunto em análise.
"Seria bom se de tudo isto nascesse um grande movimento para que todo o mundo estivesse unido para encontrar os melhores meios de lutar contra a violência contra as crianças" sugeriu o antigo estadista.
Durante cerca de meia Joaquim Chissano e Najat Maala, reuniram-se num encontro à porta fechada, presenciado por activistas sociais como Graça Machel e membros da equipa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Moçambique.
Para Chissano, que já integrou a equipa do Fórum para a Política da Criança Africana, é preciso que todas as pessoas se juntem e ajam de forma proactiva para erradicar a violência contra menores, em particular.
"(a violência contra a criança) é um tema que pode ser discutido em várias facetas, e é isso que é necessário fazer para que toda a gente possa agir" frisou.

Dados referentes a 2018, registados pela Polícia da República de Moçambique (PRM) indicam que foram registados, de Janeiro a Setembro, mais de 7.600 casos de violência contra a criança, incluindo violência doméstica e sexual e casamentos prematuros.
Apesar destes números, Chissano considera que Moçambique tem todas as ferramentas para acabar com o problema em causa, e os resultados, são uma questão de tempo e mudança de mentalidades.
"É uma questão de tempo. Estamos a tentar formar as novas mentes contra a questão da violência. Introduzimos formas democráticas de solução de problemas, e que são formas que devem entrar em toda a sociedade mas que ainda não atingimos a maturidade necessária para saber como viver com as crianças" disse o antigo estadista.

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