Nyusi defende ação conjunta contra "raízes do terrorismo" em África
O chefe de Estado moçambicano condenou o ataque de 1 de novembro contra as forças armadas do Mali, que causou pelo menos 54 mortos e exortou à união contra o terror
"Estas ações impelem-nos a juntarmo-nos numa missão conjunta e
coordenada para erradicar não apenas as manifestações, mas também, as raízes e
os mandantes morais e materiais destes crimes hediondos que tendem a
alastrar-se em África", refere o chefe de Estado moçambicano, citado num
documento da Presidência da República distribuído hoje à imprensa.
O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque de 1 de
novembro a uma base militar no norte do Mali e que provocou a morte a 54
pessoas, incluindo 53 soldados e um civil.
O atentado surgiu uma semana depois da morte do chefe do EI, Abu Bakr
Al-Baghdadi, morto durante um ataque militar norte-americano na Síria.
Para Filipe Nyusi, os ataques terroristas estão a gerar um clima de
instabilidade, ingovernabilidade e insegurança , atentando contra os
"sonhos de progresso e bem-estar".
"Permita-me, pois, endereçar, em nome do povo, do Governo da
República de Moçambique e no meu próprio, as nossas mais as sentidas
condolências ao povo e Governo do Mali e, de forma particular, as famílias dos
soldados perecidos", concluiu o chefe de Estado moçambicano.
O Mali é alvo de ataques terroristas desde 2012, na sequência de um
golpe de Estado que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos
rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.
Em 2013, a ação dos 'jihadistas' foi limitada por uma intervenção
militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali,
especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando
grupos terroristas.
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