PRINCESA DA JORDÂNIA MOSTRA-SE IMPRESSIONADA COM OS ESFORÇOS NA LUTA CONTRA O CANCRO


Dina Mired, Princesa da Jordânia que se encontra em Moçambique a participar na 12ª Conferência Bienal da Organização Africana de Pesquisa e Treino em Cancro (AORTIC), evento que decorre em Maputo de 5 a 8 de Novembro e reúne diversos Especialistas em Oncologia provenientes de 59 países, efectou na tarde de ontem, uma visita de trabalho ao Hospital Central de Maputo, para se inteirar de perto sobre o funcionamento dos serviços de Ginecologia, Oncologia e Radioterapia.

Na Ginecologia, a princesa foi informada da existência de doentes com diferentes tipos de cancro sendo que em mulheres, predomina mais o cancro do colo do útero, do ovário, e da mama, cujos casos na sua maioria chegam ao hospital em estado terminal.

“Dos casos que dão entrada nos nossos serviços alguns referem-se a pacientes operáveis, ou que ainda é possível fazer algum tipo de tratamento com a quimioterapia e radioterapia, mas infelizmente continuamos a registar um elevado número de doentes que chegam numa fase terminal, quando já não há muito por se fazer”. Desabafou Magda Ribeiro, Directora do Serviço de Ginecologia II.

Alem de conversar com os pacientes neste serviço, Dina Mired, que assume a presidência da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC), visitou igualmente a Hemato oncologia pediátrica onde interagiu com as crianças internadas, experiência que resgatou lembranças tristes na dirigente, que partilhou que o próprio filho também padeceu de cancro.

No entanto Dina Mired, que se mostrou impressionada com o nível de organização dos serviços por ela visitado elogiou o facto de Moçambique possuir um plano de luta contra o cancro, mas, no entanto, alerta sobre a necessidade de se avançar com algumas acções concretas para o sucesso do plano.

“Estou satisfeita porque Moçambique possui um programa de combate ao cancro. É verdade que no país só existe uma única máquina de radioterapia, mas isso não pode constituir motivos para desmotivar os profissionais de saúde na luta contínua contra este mal, pois, precisam de seguir um projecto sério que possa exigir do governo a implementação da estratégia existente. Mais do que apostar no equipamento, a formação é muito importante pois só assim terão sucesso e se usarem o dinheiro que recebem das diferentes fontes de financiamento de forma eficiente, terão mais recursos humanos e equipamentos para combater o cancro em todo o país”

Quem também comunga da mesma ideia é Mouzinho Saíde, Director Geral do HCM que afirma ser necessário combater o cancro dentro de um plano e realizar gradualmente as actividades programadas.

“A existência de um plano do governo para a luta contra o cancro é fundamental para garantir que de facto se cumpram as etapas necessárias, daí que, no computo geral a visita da princesa da Jordânia vem motivar-nos e animar. Certamente vai ajudar-nos a encontrar mais parcerias para garantirmos que nesta luta saiamos todos vitoriosos,”

A 12ª Conferência Bienal da Organização Africana de Pesquisa e Treino em Cancro (AORTIC), que decorre sob o lema “Cancro em África: Implementação de Estratégias e Inovação” acolhe 1000 delegados provenientes de 59 países, dos quais 34 países são africanos.

Durante 04 dias do evento estão a ser partilhadas as mais recentes descobertas científicas sobre cuidados paliativos e Psico-oncologia, acesso aos tratamentos e cuidados essenciais ao doente oncológico, sobrevivência, controlo da dor, disparidades em oncologia no mundo, equidade e direitos humanos, entre outros.

A Conferência AORTIC de Maputo vai oferecer aos países, respostas, políticas científicas e de Saúde Pública que ajudam a lidar com o crescente número de casos de Cancro no continente africano.

Moçambique foi escolhido para acolher o evento dado o compromisso do país desde o mais alto nível de liderança até a comunidade nos esforços à prevenção e controlo de doenças oncológicas.

"COM A FRELIMO E NYUSI UNIDOS, MOÇAMBIQUE AVANÇA"

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