Governo de Moçambique procura novos financiadores no Fórum de Investimento Africano na África do Sul
O
investimento no projeto de gás natural liquefeito moçambicano foi apresentado
como “um dos maiores negócios” em negociação no Fórum de Investimento Africano,
que decorre até quarta-feira na capital sul-africana.
O anúncio foi feito segunda-feira (11) pelo
primeiro-ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, juntamente com o
presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Adesina Akinwumi, e o administrador
da estatal ENH, Omar Mithá.
“Como referiu o presidente do BAD, é um dos
maiores investimentos em negociação aqui no Fórum de Investimento Africano e
Moçambique precisa de projetos que desenvolvam [a economia], promovam a criação
de emprego, assim como outros setores de atividade económica como a
agricultura”, afirmou o governante moçambicano.
O presidente do BAD, Adesina Akinwumi,
slaientou que se trata do “maior negócio no projeto” da instituição, “com um
valor global de 25 mil milhões de dólares [22,5 mil milhões de euros]”, tendo
em conta “a importância do setor LNG [gás natural liquefeito, na sigla em
inglês] em Moçambique”.
Já o presidente da ENH, Omar Mithá, referiu
que “o projeto pretende distribuir 400 milhões de metros cúbicos a nível interno,
será transformativo para a região e é um dos três megaprojetos que transformará
a economia moçambicana nas próximas décadas”.
“Estima-se que Moçambique irá contribuir com
4% da produção global, a par com o Qatar, a Austrália e os Estados Unidos”, salientou.
A ENH realizou hoje no Fórum de Investimento
Africano, em Joanesburgo, um ‘roadshow’ com vista a atrair investimento para a
participação acionista de 15% que detém nos 40% alocados à participação
acionista no projeto LNG no norte de Moçambique, no valor global de 25 mil
milhões de dólares, sendo os restantes 60% comparticipado por financiamentos de
instituições financeiras, explicou à Lusa uma fonte do BAD.
Entre os investidores, contam-se os
principais bancos sul-africanos, o BAD, além de instituições financeiras da
União Europeia e ainda do Médio Oriente, disse uma fonte da ENH.
O projeto de gás natural na Bacia do Rovuma
deve entrar em produção no final de 2024, adiantou a mesma fonte.
O plano de desenvolvimento do projeto de gás
natural liquefeito da Área 1 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, norte de
Moçambique, está avaliado em 25 mil milhões de dólares – o dobro do produto
interno bruto (PIB) do país, ou seja, a riqueza que o país produz anualmente.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), estima
que o projeto LNG colocará a economia do país a crescer mais de 10% ao ano.
Fonte: Africa 21
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